Os últimos treinos, de Iniciados, têm sido muito interessantes.
No último, estavam 29 miúdos, julgo que faltavam uns 2 ou 3... Ou seja, devemos estar com o mínimo dos mínimos para inscrever duas equipas.
Acredito que ainda entrarão mais uma boa dúzia de miúdos, e ficaremos com o número ideal de miúdos para fazer 2 equipas, 22 + 22...
Eu tenho falado com pessoas amigas que têm miúdos a jogar noutros clubes, e acho que todos deveriamos fazer o mesmo!
Não sinto muito entusiasmo de ninguém nessa busca de miúdos... mas acho que estão a pensar mal.
E eu explico porquê:
Ao trazermos mais miudos para o Almada, estamos a garantir que vão haver duas equipas. E havendo duas equipas, temos a garantia de que os nossos filhos vão jogar mais.
Não tenhamos dúvidas. Se o Almada só inscrever uma equipa de Iniciados, dos 17 miúdos da nossa equipa, talvez apenas uns 4 ou 5 terão lugar nessa equipa... os outros lugares estão todos preenchidos!
E agora, em Iniciados, já não é como nos Infantis. As substituições são reduzidas, vão existir sempre, em cada um dos jogos, 2 ou 3 miúdos que não vão jogar sequer um minuto!
Ou seja, é mesmo bom que entrem mais uns 10 jogadores... senão os nossos miúdos vão ter vida difícil: Serão 17 a disputar 3 ou 4 lugares na equipa principal. Todos os outros 13 miudos, ou ficam no banco ou na bancada a ver...
Nesta semana já vi alguns miúdos novos!
E desde já aproveito para lhes desejar as boas-vindas, e esperar que se sintam bem no grupo! Que isso sim é verdadeiramente importante!
A minha homenagem aos recém-chegados ao Almada!
Prometo fazer umas fotos logo que haja oportunidade e coloco aqui no blog!
Alguns não sei o nome! Mas garanto que mais uma semanita e já sei os nomes todos!
Paulo - excelente jogador, muito rápido, parece-me que avançado
Zé - Irmão do Tó e do Carlos (dois jogadores do Almada em juvenis e juniores) jogador que veio do Charneca
Bruno - Antigo jogador do Charneca, belíssimos pés
E mais dois ou 3 que não sei os nomes... sorry!
QUANTO AOS TREINOS...
Estou a gostar muito de ver os treinos com os miúdos misturados, os mais velhos e os mais novos.
Gosto especialmente dos exercícios em que se formam parelhas em que dois jogadores disputam a bola em velocidade.
Acho que puxa muito pelos mais novos treinar com miúdos mais fortes fisicamente, mais competitivos. Tenho reparado que nalguns casos, nestes exercícios, a idade não quer dizer nada.
Isto é como tudo. Há miúdos que evoluem a defrontar outros que são melhores, sentem isso como um desafio, e há outros miúdos que preferem a via mais fácil, preferem defrontar jogadores mais fracos, para se sentirem com o ego mais preenchido. Sentem-se melhor, mas evoluem menos.
Também sabemos que há dias e dias. Nem sempre estamos com a garra toda. Mas nota-se nos treinos que há alguns miúdos que os vemos sempre a dar o litro, e outros que fazem o treino descontraidamente. E isto faz-me lembrar uma história. (já pareço o Baptista Bastos...)
Era eu miúdo, jogava ténis de mesa. Tinha um excelente treinador, um profissional e pêras, muito exigente, mas muito mau nas relações humanas. Sei que o homem metia medo. Nunca o víamos descontraído. Estava sempre zangado: Sempre a corrigir os erros.Sempre. Nem perdia um segundo a elogiar um bom desempenho. Quando se fazia bem... era nossa obrigação. Nada de especial! Quando se fazia mal... corrigia!
Ora, o senhor Arsénio proibia-nos de fazer jogos. Ele dizia que só se aprendia nos treinos! Os jogos eram uma mera exibição do que sabíamos... nos treinos é que era. Ali era concentração máxima, para aprender, para evoluir, fazer cada vez melhor!
Sei que, na altura, o discurso parecia-me um bocadinho estranho... Alguns jogadores abandonaram a equipa, porque não suportavam o mau feitio do treinador. Eu sentia apenas o lado positivo daquela exigência. Percebia perfeitamente que após cada treino eu me tornava um melhor jogador. E isso dáva-me gozo!
E, na verdade, parece-me que ele tinha razão! Eu ia para os jogos com grande tranquilidade. Não era no momento do jogo que eu me ia tornar melhor ou pior. Ali eu ia só mostrar o que sabia: Tranquilo. E corria-me muito, mesmo muito bem!
Ficou-me sempre na cabeça essa lição de vida: É a treinar que se aprende. É nos exercícios que os nossos treinadores nos colocam que evoluímos. É a tentar fazer sempre melhor, em cada uma das centenas de vezes que o fazemos. Se temos de correr e tentar apanhar o nosso colega que arranca uns metros à frente, vamos acreditar que vamos lá chegar primeiro e tirar-lhe a bola...
A verdade é que neste último treino vi um vasto grupo de miúdos a dar o litro nestes exercícios... e vi outros que partiam para o desafio já derrotados...
Muitos podem pensar que são muito habilidosos, que são isto, que são aquilo... e que não precisam de se esforçar!
Eu digo, na minha modesta opinião, não é por se acharem muito bons que evoluem. Jamais.
Vão evoluir, e muito, os que mais se dedicarem nos treinos! Quem pense que é a brincar nos treinos que vai ser melhor nos jogos... está redondamente enganado!
Como dizia o senhor Arsénio: «Esquece os jogos. Aí não aprendes nada! Dedica-te nos treinos!»
Gosto também muito de ver as peladinhas, habituámo-nos a ver os nossos miúdos a jogarem entre eles, e agora vê-los com os mais velhos torna-se interessante ver algumas dinâmicas que se geram, alguns entendimentos naturais entre os miúdos.
Tem muita piada ver a evolução dos miúdos... Estou a gostar de ver!
JPF.
Boa noite amigo João
ResponderEliminarPermita-me apenas uma pequena correcção ao seu texto. A determinada altura diz: "E agora, em Iniciados, já não é como nos Infantis. As substituições são reduzidas, vão existir sempre, em cada um dos jogos, 2 ou 3 miúdos que não vão jogar sequer um minuto!"
Não é bem assim, talvez não saiba mas o número de substituição são de 7 (sete) nos iniciados da AF de Setubal, a única condicionante é que apenas 3 podem ser feitas após o início da 2ª parte. Ou seja, todos podem jogar, uma vez que são convocados 18 atletas!
Um abraço e continuação de bom trabalho
The Coach