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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

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Anónimo disse...


Olá o seu trabalho de divulgação neste site e de promoção dos miúdos é de louvar e tenho acompanhado com alguma atenção, asim como acompanho o futebol de formação há algum tempo. Com certeza que a formação do Almada melhorou com novos métodos de treino e com novos treinadores com metodologia SLB. Sou da opinião que o futebol como desporto de grupo ajuda a formar crianças mais saudáveis, mais interactivas , mais disciplinadas e mais felizes...

Agora como pais tenham atenção aos sonhos destas crianças infelizmente vivemos na época CR7/9 e existem muitos pais que veem nos filhos, que tem algum jeito para a bola, a possibilidade de resolver os seus problemas e acabam criando problemas as crianças com a pressão que exercem em casa, nos jogos e etc.

A criança deve pensar simplesmente em ser feliz praticando um desporto que gosta. Seja no Almada ou noutro clube qualquer.

Para finalizar não me parece que por estar numa escola geração do SLB a criança tenha mais hipotéses de integrar um grande clube na medida que a prospeção varre o país de norte a sul e por este mundo afora e quem acompanha um pouco das camadas jovens dos clubes considerados de topo, sabe que são centenas a tentar entrar e que portugueses são, infelizmente cada vez menos.

Um bem haja a todos e divirtam-se porque o futebol profissional é para meia dúzia.



ps: É a 1º vez que faço aqui um comentário e só queria partilhar a minha opinião. Não tenho objectivo de visar seja quem for.


JPF responde a anónimo

Caro anónimo, nós é que agradecemos os seus comentários.
Comentários como os seus, que propõem a reflexão deste tema fascinante que é o futebol infantil e a educação dos nossos filhos, interessam-nos e muito!
Obrigado!
Sobre o que escreve, queria apenas dizer-lhe que estou totalmente de acordo com o que diz. Totalmente. E, aliás, já o escrevi aqui!
É preciso ter cuidado com a pressão que se coloca sobre os miúdos!
por isso tenho insistido muito: deixem os miúdos divertirem-se...

O que não impede que gostemos e incentivemos a que joguem bem. Porque eu penso assim em relação a tudo na vida. E é aqui que eu acho que ficam as lições para a vida. Quero que o meu filho se aplique e faça o melhor que sabe, e que tente aprender mais e mais... porque na vida, os miúdos vão ter muitos desafios, muitas competições,  e temos de saber evoluir, aprender, trabalhar em equipa, respeitar os outros, tentar ser melhor de dia para dia...

Grande abraço!



NOTA:

Sobre o facto que refere de os miúdos estarem numa escola de formação Benfica, e diz que não é por isso que vai ter mais hipóteses de entrar num grande clube, também tenho a sua opinião.
Mal ou bem (eu sou muito crítico do esquema que existe actualmente nas grandes escolas de formação, Benfica, Sporting, Porto, Belenenses, etc) estes clubes estão muito atentos aos pequenos clubes que participam nas competições e torneios. Eu diria que em dez jogos, em sete deles haverá sempre um olheiro a ver os nossos miúdos.
Não é por estar na escola do Benfica que um miúdo vai mais facilmente entrar nos escalões de competição do Benfica.  Esses profissionais que «vigiam» os nossos filhos, tanto os conhecem no Charneca, como no Monte, como no Trafaria, no Corroios ou no Barreirense... estão a ser observados em qualquer clube.

Só que, a meu ver, e este pensamento resulta de conversas que tive com elementos do departamento de prospecção do Sporting que conheci no ano passado, há dois tipos de fenómenos na captação dos miúdos. Há os génios, os tais Cristianos, Nanis e outros... que desde muito pequenos se percebe que são fora de série... e depois é preciso conseguir que se mantenham sempre nesse nível (o que é muito difícil... 90% deles perdem-se no caminho...)  e há os outros, os Joões Moutinhos, os jogadores que não sendo fenomenais, são extremamente fortes no jogo de equipa, na leitura de jogo, são jogadores destes que compõem 99% das equipas profissionais. Jogadores completos e dedicados.

Mas, e aqui está o meu desagrado, são tantos e tantos os miúdos bons... tantos Moutinhos... que se torna tudo uma questão de sorte... Conheço tantos casos... 

Ainda a semana passada encontrei um miúdo que jogou com o meu filho no Charneca, e saiu para o Sporting... há 2 anos, tinham 10 anos. Vi-o no café... achei estranho, porque está muito alto, mas gordo. Perguntei-lhe: «Olá E. lembras-te de mim? O pai do Mário?»... «lembro, claro que lembro, como está?»   - «E tu rapaz, como te corre a vida? Ainda estás no Sporting?» Resposta envergonhada, a olhar para o chão: «Não! Já não jogo há mais de um ano... deixei o futebol...»
Vi-o tão acabrunhado, que percebi que era melhor não fazer mais perguntas, e aliviei a conversa...
Fiquei a pensar. Que raio! Que aconteceu ao miúdo? Era tão bom jogador. Tinha um pé esquerdo fenomenal. Uma visão de jogo. A equipa estava toda num canto... ele pegava na bola e metia-a no flanco oposto, no espaço vazio a pedir a desmarcação de um colega... dava gozo ver o miúdo jogar!
Que aconteceu??? Não sei... Sei que ele era muito feliz no Charneca. Um jogador que sobressaía. Será que chegou ao Sporting e havia 30 melhores que ele?  Será que chegou lá e chutaram-no para fora?
Não sei... o que sei é que conheço várias histórias destas!
E acho uma pena!
Por isso, sempre disse... só quero que o meu filho seja feliz onde joga...  






JPF.

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